Em Análise Transacional (AT), a "pulga atrás da orelha" é chamada de Estado do Ego Pequeno Professor. Uma tradução contemporânea poderia ser "Professorzinho". Essa versão soa coerente com o propósito de Eric Berne de fazer com que a AT seja compreendida por crianças.
Quando o Professorzinho está cheio de catexia, de energia psíquica, passamos a saber sobre algo que não está explícito. Diante do fato psíquico, podemos dizer: "Acho que você precisa de um abraço." E o outro responde: "Nossa, eu esperava por isso há muitos dias".
Como se trata da mente humana, há um sem número de elementos que concorrem para uma análise. Quero deixar claro que a mera existência de um dispositivo de leitura subjetiva, desse Estado do Ego, não é garantia de que a avaliação da circunstância seja a adequada, ou sequer real.
Tenho repetido uma frase arrogante de um jornalista de política que é: "É muito bom dar opinião, mas estar certo é melhor ainda." Quando o escrúpulo mínimo da condição humana existe e é ouvido pelo menos às vezes, a capacidade, digamos, profética, fica enriquecida. Tem um preço.
"O desconforto é visitante assíduo", explica minha supervisora em AT, Maku de Almeida. Conforme a qualidade das observações cresce e se descobre que o Professorzinho tinha razão desde o começo, é doloroso admitir que pessoas tão amadas ainda vivam miseravelmente.