Nas aulas de sociologia do Ensino Médio dos anos 2000 para cá, é provável que se tenha ouvido falar no “positivismo” de Auguste Comte (1798-1857). Bem basicamente, ele defendia que teríamos — você e eu — chegado a um nível racional que funciona exclusivamente no “agora”.
Para ele, as imaginações, as fantasias, teriam dado lugar aos “fatos” científicos. É aí que ele fica de um lado, e Sigmund Freud (e eu) de outro.
No entendimento freudiano, embora tenhamos chegado à camada “científica” de desenvolvimento, as coisas do ontem (em termos de evolução da espécie) fazem parte, sim, da vida. É o que chamamos de “fase anímica”. O que aprendemos caçando o almoço ou coletando frutas, lá no “Jardim do Éden”, está dentro de nós e em atividade.
Sabe quando você explica “racionalmente” algo para alguém, e parece que está falando com uma porta? Às vezes, desconfio seriamente tem a ver com a vida “anímica” do interlocutor. É quando a gente “sente” as coisas em vez de pensar sobre elas. Faço diariamente, quem sabe agora mesmo neste post.