Aos fatos, duros e inegociáveis como a força da natureza. A imagem é de um pronto socorro no interior do Paraná, tirada na última sexta-feira (2). Há 19 leitos — equipamentos e profissionais para 19 leitos —, porém mais de 70 pacientes dividem o espaço ocupado predominantemente por idosos negros. Uma das gestoras: “nessas condições, eles vivem menos”.
É quando tenho vontade de, ao ouvir candidatos “pela saúde”, jogar neles um tomate bem podre e um ovo bem podre. Fortemente, para machucar, bem na cara de pau dessa gente superficial e irresponsável. Sabem pouco ou nada da realidade objetiva de um sistema de saúde público.
Para a maior parte dos candidatos ao legislativo federal que tive conhecimento, especialmente, pobres não passam de incômodo. Outro gestor do hospital: “pacientes de planos de saúde reclamaram ao passar pelas alas do SUS”. Pobres doentes e machucados não combinam com novos ricos.
Aquela “gente” candidata acha que alcançou a elite do mundo ao comprar uma casa com arcos, um carro cafona, um celular que mascara a péssima qualidade da pele. Votemos bem, meus amigos, nos que recebem o pedido de São Pedro a São Paulo, descrito em Gálatas: “lembre dos pobres”.