Estou sem vontade de cair de pau em cima do deputado estadual de São Paulo Arthur do Val (escrevo o partido? Podemos?). Mais que isso, fico incomodado com o jeito que as coisas aconteceram (ou foram realizadas) com (ou por) ele. Eu deveria ter um senso de coletividade suficiente para atacar uma pessoa que errou? Não tenho. E não acho que esse senhor seja pior que o tipo de homem que se encontra nesta cidade. E não me refiro à intenção de um tour sexual presencial pelo do leste europeu, porque somos tão pobres que não concebemos a ideia de um voo internacional para fazer sexo, mas a duas coisas que se parecem bastante.
Uma delas é a imaturidade quanto aos desejos primitivos que temos. Isso poderia converter praticamente qualquer experiência de vida em mera questão de "tubos e conexões", como descreve Patrícia Melo no brilhante Gog Magog. A maior parte de nós, à exceção de variações graves de saúde e doença mental, vive desse jeito pelo menos em algum momento. Quais são as circustâncias de Arthur para que ele pense como um animal? O que ele viu que o colocou refém dele mesmo? E quando acontecer com a gente?
Outra coisa é que mulheres ucranianas podem ser prostituídas também em vídeos da internet, se é que me entende.
Resultado ou não de um excelente gerenciamento de crise, o deputado Arthur consegue fazer algo que é muito difícil para um homem: assumir que errou.